Ratos

Este fim de semana o meu sobrinho trouxe o hamster da escolinha para cuidar dele. Ele diz que cada semana um menino o leva para casa, para ele não ficar sozinho na escola..

Ora, toda a gente, que me conhece, sabe o pavor que eu tenho a ratos (e não me venham com coisas que o hamster não é um rato, porque é igualmente odioso) - facto este que tanto alegra a minha família, eles que se regalam a rir sempre que dizem "um rato!" e eu começo a berrar e a fugir.. do sr.ninguém pois claro. É a paródia para eles e a loucura para mim (tenho para mim que qualquer dia fico com mazelas, do género daqueles que ficam com traumas da guerra) -  e portanto, dizia eu, nem é preciso mencionar que quando vi aquela coisa pequena e nojenta comecei a gritar e a fugir que nem uma desalmada. E o A. ria-se, ria-se a bom rir. É que o menino gosta muito de ver a tia assim, feita maluquinha, aos berros e aos pulos. Apanha-me num momento de fraqueza e é isto.. 

Passadas umas horas chega ele ao pé de mim, com cara de anjinho: "Tia C., posso trazer o hamster para dentro de casa?" É ou não é de quem gosta de provocar? É, pois claro que é! "Mas tu estás parvo ou quê meu menino? Entra o rato, saio eu. É que nem penses!" E ele encolheu os ombros, e foi-se a rir, a rir da minha provável cara de medo e da voz histérica.. E de resto, tem sido uma animação cá por casa, eles a rir, eu a gritar..

Mas, tudo tem um fim, amanhã já é segunda, e se o facto de começarem as aulas me entristece, o rato já se vai, para minha grande felicidade! Agora vou só ali tomar uns calmantes até cair para o lado e volto já.